FILHO DE SIDNEY

Meu filho vai ser jogador,

Tal que levanta a cabeça,

E desbanca a banca,

Até a linha branca,

Que é a marca da cal.

Dribla todo mundo

Um beque moderno

Distribuí jogo

Joga de terno.

Mostra ginga,

Da pedalada,

Terror de zagueiro

Arma jogada.

Tem domínio!

Direção,

Passa de vulto,

Da nó na marcação.

Mata jogada

Quase expulsão!

Reclama atoa,

Cospe no chão.

Respira fundo

Pra falta central,

É pênalti!

Surto geral.

É agora moleque,

Decide! Pra fora.

Levanta cabeça

Manda o choro embora.

Vai pra cima

Se faça capaz

Orgulhoso no futebol

É vida que jaz.

Começa o próximo jogo.

Palavras do narrador,

“Olha o Gol”

Meu filho vai ser jogador.

Tem visão, ousadia

Arranca no tranco,

Flutua,

Vislumbra a linha tênue do campo.

Joga de beque

Bom jogador!

Sua camisa 21

Seu ídolo Pelé

A 10 se tornou comum,

Pra maestria do seu pé.

Vai jogar em terrão

E gramado europeu

Entre os Reis do futebol

Um veio de berço plebeu.

E o seu time?

Corintiano? jamais!

Palmeirense? nem por decreto!

Cruzeiro, Gremista,

Baiano, Flamenguista? Não

Vai ser jogador, e não um artista

Nem que custe todo dinheiro,

No peito leva o escudo Brasileiro.

E quando sai na rua,

Um novo sonho

Uma nova pelada.

E o garoto mais novo

No campinho molhado

Ao ver a magia

Naquele pé sem calçado

Troco a 10 pela 21

De tão encantado !

Meu filho vai ser jogador!

Luiz Jordão
Enviado por Luiz Jordão em 27/08/2019
Reeditado em 27/08/2019
Código do texto: T6730570
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