Pai passarinho
Seu olhar de índio
Os via na mata, logo sabia quem era
Meu passarinho!
Assobiava um canto
Para o bem-te-vi
E como bem-te-quis, meu pai!
Esperava seu tempo
Tocava para ouvi-lo cantar
Era o uirapuru!
A voz mais forte
E suave
Cada nota grave da vida
Restava o seu amor a me ninhar
Sinto tanto, sei que sou você a seguir
Sua voz a se propagar
Estou tentando ir
Vivo tentando, mas queria mesmo
Ser aquela menina no fim da tarde a te abraçar...