SOFRIMENTO!
Francisco de Paula Melo Aguiar
Como é que se pode achar prazer e satisfação no sofrimento?
Se por acaso amaste um segundo, e teu amor acabou, findou.
Procura recordar do teu amor, ainda se for por um momento.
Buscas na memória as lembranças que esse amor te deixou.
Ah! Tudo tem o porque ou por que, susto, resposta e desapontamento.
Contudo verás que o tempo passado deixou muita cinza, é o que ficou.
É ilusão pensar diferente que o tempo não apaga nem levado ao vento.
O mundo é o mestre dos mestres porque a cinza flutuante não se apagou.
Como é que se pode achar prazer e satisfação no sofrimento?
Ah! O amor é como o vento não leva em conta o que passou.
Quem fica tem o porque ou por que do sentimento.
E como fica o coração de quem ele um dia abrigou?
Ah! Tem lembranças como cinzas circulando ao vento.
Tudo envolve o ser e o ter com o ardor que pulsou.