Inquietação
Inquietação
No intimo da alma a inquietação
Ora fora de menino, hoje de ancião.
Que corre nas veias, e envolve o subconsciente,
É a sombra que esperei para colocar em devoção
Não é espírito não homem, não é status sociais
É criança que pula, que mexe e bagunça meu mundo
Que rapta meu sono mais profundo
Uma máquina de tempo que me leva a minha vida de eu menino
De forma a traçar novos destinos
Quero gritar ao mundo
Que abrir meu peito
Quero mostrar do meu jeito que posso reconstruir
A xícara quebrada, o copo trincado, a porta amassada,
Então sentar ao logo do riacho e pescar no frescor da brisa do mato
E sentir ali no regaço da tarde o sorriso mais intensivo
De criança de menino, que invade sem dimensão.
Toma minha manha, minha tarde, minha emoção.
E de repente tudo já não é mais inquietação
Quando frente a frente, num abraço,
Pai e filho dão-se as mãos.