Lembranças do Ribeirão (Porto dos Mendes)
Chove, chove chuva...
Chuva que cai sem parar
Que vem lavar minh'alma
E espalha sobre meu corpo
Chega lembranças daqueles dias
Que adormecidas são lembradas
E me leva a m'infância passada.
Do menino de pés no chão que corria.
Para os córregos ribeirinhos nadar
Nas águas que das encostas desciam.
Os peixes n'aguas barrentas se escondiam
Do menino que os perseguiam pra casa levar!
Pequenos córregos espalhavam pela várgeas
Movimentavam os aguapés mais verdejantes
Que procuravam se agrupar todos juntos
Formando um belo cenário graças a chuva!
O menino da roça medo nunca sentia
Mesmo sem ver o tronco da pinguela
Que submerso se equilibrando seguia
Para outra margem alcançar sem ela.