Nos bastidores dos Druidas (Caris Garcia)

Nos bastidores dos Druidas

(Caris Garcia)

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Assim irei te contar

por onde andei...

com toda a sutileza

da borboleta, as asas...

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Nos bastidores...Como dosar a pílula da tristeza

que minhas dóceis árvores foram testemunhas...?

Narro apenas a leve pegada da franqueza

Que a lembrança do inverno compunha...

Eles insistem na importância desta narrativa

Talvez, para que a história não se repita

Saibas que deixo aqui a única afirmativa

A oração da gratidão e do perdão é a minha favorita...

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Na jangada desembarquei na Europa pré Romana

Lá foi derramado, aos Druidas, novas ciências

"Como evoluir a imprevisível mente humana?"

"Não interfiras! Deixem que aprendam com as consequências..."

Criaram para si, suas próprias divisões

O conhecimento lhes davam o poder

Sombras já distorcidas que viraram aberrações

Tão belos, deixaram a escuridão em si, exceder...

Até pelos Reis foram temidos...

Não compreendiam da natureza, o engenho

E das estações que poderiam ter tido

Em águas sombrias vi o trágico desenho

Juízes, curandeiros, polidos narradores

Senchas, Magos, sacerdotes, e graciosos poetas...

A tradição viva, o próprio sentir, que nasce dos amores

Enquanto eu, me mantinha no centro da densa floresta

Oculta das cidades e do contato direto

O não conhecimento dos adormecidos, gera anseios

Mantendo meu oásis em jardins secretos

Folhas de outono que nestas terras manuseio...

Algumas precauções sempre necessárias

Ao repassar as instruções aos escolhidos...

A grande colmeia de abelhas operárias

Que marcava lembranças em tons coloridos

Afim que evoluíssem em todas as classes

Por algum tempo, tudo corria como planejado

Coragem! Para acompanhar da história o desenlace

Soltei as lágrimas em valentes tornados...

Então, o poder e o orgulho cegaram corações

Achando eles que detinham toda a magia

Criaram seus próprios rituais e poções

O mau uso das leis só a escuridão se beneficia

Confabularam Reis, sacerdotes e magos

Na criação do engenhoso calabouço

Trancafiar minha alma em pantanosos lagos

Suas vozes do arrependimento, ainda ouço...

O ataque vinha de onde menos se espera...

Na suposição que acertavam em cheio meu coração

A neblina escura invadiu toda atmosfera

Nas chamas imponentes do protetor, meu dragão...

Por minutos, deixei vislumbrarem vitória

Porém as leis universais são claras

O que foi enviado, volta! Desde a pré-história...

Preço alto a se pagar, a vida é tão rara...

Das lições só uma minúscula porcentagem

Tinha ensinado uma fração de uma gota serena

Da sabedoria, pequeno vislumbre, quase miragem

Na manga guardava muito mais, infinitas centenas

E assim começou o caos da revolta

E o declínio por fim se instalou

Na arena, os dragões na escolta

"Esqueceram quem na verdade eu sou...?"

Por outros Reis o povo foi massacrado

que também só viam a luxúria de tesouros

A ganância e a vaidade, lado a lado

Apenas viam a matéria, as moedas de ouro...

Chances foram dadas para mudarem a opinião

Mas não aceitavam o poder feminino

"Dentro de mim habita, o dom da criação

Força natural que ilumina este sol tão divino"

Como se não bastasse, meus leais amigos guerreiros

Haviam sido enviados em letais emboscadas

Em fúria narram a "saga dos desfiladeiros"

À eles, a ressurreição, o sopro da vida, a nova jornada...

Nos inimigos de si mesmo, a ingratidão foi gerada

queriam a vingança brotar em minha centelha

Percebam que a luz me mantém sempre direcionada

Vejam as profecias, lendas, os Dragões, entre lobos e ovelhas...

Lançados em terras áridas e desertas

Jogados para longe, gafanhotos sem destino

O remorso deixou o pesar de porta aberta

Lamúrias infindáveis, nas masmorras, gélidos hinos...

"Para vocês, na voz de uma inocente criança

A natureza da mais importante lição

Libertem-se nas profundezas do meu perdão

A minha canção os levanta e lhes devolvem a esperança...

Saibam que toda aquela trama eu já sabia

O Livre arbítrio a vocês fora dado

Minhas fugas já tinha bem antes preparado

Dissipem a tristeza, aceitem o nascer do novo dia!"

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Forasteira em outras terras, novos impérios

Fiz, como Phoenix, em mim, a vida renascer...

"Aqui tuas novas missões, siga novos critérios

Respiras! Uma hora eles desvendam o mistério de viver..."

"Encantar novos reis com pureza

Em exóticas e encantadoras magias...?

Refazer a trajetória de um novo dia...?

Começar tudo de novo ?Tens certeza ? "

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"Prepara-te! Eis tua nova aparência, teu novo nome

Todo o resto que passaste, abandonas de vez!

Lembras da exclamação oculta do pronome

Da frequência, e da trilogia do número três

Paciência... Circula em tuas voltas, o mundo

Os ensinamentos já estão enraizados

A primavera logo chega! Flores em segundos...

Acalentando tua essência em tons rosados..."

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"Às tuas ordens e vontades me sujeito

Mesmo sem tempo para contabilizar o pranto

Teus novos desígnios, apesar de exaurida, aceito!

Porém em nove segundos, me deixas restaurar em teu manto..."

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