PRAIAS DA MINHA TERRA
Aquelas praias sombreadas pelas palmeiras,
Eram dum beleza infinita, onde me deitava,
Para admirar o horizonte vermelho do mar,
Quando o sol se escondia farto de namorar.
Chegava a noite com a lua a se intrometer,
Para com o seu luar de mim se enamorar,
E eu preso pela sua luz tímida, de virgem
Que me deixava à beira de má vertigem.
Noites longas tropicais, que hoje e jamais
Eu voltarei a viver, deixam-me saudades,
Daquele tempo que não vai voltar mais.,
Bons momentos passados de realidades.
Eu ignorava a lua por sereia intrometida,
Que com sua beleza tanto me seduzia,
Beijando-nos enrolados naquelas areias,
Aquecendo o sangue das minhas veias.
Momentos únicos da minha mocidade,
Bela e gostosa incomparável realidade,
Que se vive uma única vez no tempo,
Que passou depressa e foi tão intenso.
Ruy Serrano - 02.03.2019