Tempo das mangas...
Começava aproximar-se a estação, as flores e os frutos ainda pequenos,derrubados pelos ventos, tomavam conta dos quintais.
O majestoso pé de manga, de exuberante sombra, comprazia os amigos, os membros da família, e outros mais.
Depois do café matinal, após algumas poucas horas, já estava o chão varrido, e as folhas recolhidas, cumprindo-se o ritual.
A dona Cidinha,de baixinha não tinha nada, mas era bem magrinha!
Naquele quintal, de cercas baixas construída de pau, com vistas pra rua.
Era ela, com maior satisfação e alegria, que o vassourava todos os dias.
Tinha muita prosa com quase toda a gente: os que iam, e também os que vinham.
Os seus conselhos eram muito acolhidos, havia respostas pra tudo:
remédios caseiros pra curar enfermos, assuntos de mulher e marido....
Nisto, ocorria que o almoço poucas vezes adiantava, e quase sempre, atrasava!
E os dias iam se passando, enquanto isto, as mangas iam a madurecendo.
Nesta época, ainda criança, deixava as estripulias de lado, fazia questão de ouvir a dona Cidinha, de intensificar as amizades,
principalmente naquela época, em que havia chegado o tempo das mangas.
( J L )