O caminhante solitário
Sigo a caminhar,
por esta estrada tortuosa.
Em passos lentos
as feridas se abrem.
Quando caminhava antes,
em passos firmes,
o céu brilhava distinto,
era azul e leve.
Hoje, junto os cacos do chão,
recolho tudo e mostro para fora,
o inteiro que se despedaçou a tempos.
Será que um dia volto a andar
com a brasa na sola dos pés?
Somente assim alcançarei a solitude.
Marcas sobre o chão em brasa
formando o desenho fundamental.
O caminhante é humano há caminho de humanidades.