COLAR

Amarrada em cada fio dourado
Em camadas de ventos
Lentamente cai uma foto
É um histórico que levanta dados
Sobre os ancestrais dos mesmos
De forma que fiquem conhecidas
As conexões estabelecidas entre essas. foto e colar
Empurrada por uma fina camada de vento
Que assenta pela água adentro
Mesmo que eu vá lembra-te te por favor
Foste meu colar minha vida
Lentamente olho para trás a foto em foco místico
Pois nos une em ritual enredo e sonhos
Fertilizando a solidez e a aridez da realidade
Sigo essa linha do horizonte
Em percurso referido em dois momentos
Passado e o presente em forte atração
Do enredo épico da imagem desnuda
A espacialidade de uma divindade
Vi repetir em todas estações em facto
De amenizada genealógica
Talvez me levem sem eu partir
Sem um possível sentido
E lentamente olho para recordação
Neste colar um fio de silêncio costurando o tempo.
Onde vejo teus abandonarem numa curta despedida fugaz
Marcia Eli
@Direitos Reservados
marcia eli
Enviado por marcia eli em 31/12/2018
Reeditado em 12/06/2021
Código do texto: T6539840
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