AQUELE NATAL DAS BICICLETAS
Naquele Natal de noite quente -
Infelizmente aqui não neva !-
Aguardei, ansioso, meu presente:
Dá-me logo, senão o sono me leva !
Na manhã seguinte, um caminhãozinho,
Daqueles de plástico, dos mais vagabundos -
Mas olhares de criança fazem de estopa linho :
O maior presente de todos no mundo !
Os cinco primos, cada qual na sua bicicleta :
Eu, circunspecto, nas manobras de meu veículo -
Tio Milton lembrou-se dos tempos pobres de sua infância
( Pois até mesmo tenentes podem ser poetas ...).
Então, titio, no meu aniversário me fiz seu discípulo:
Ganhei o melhor presente de quando fui criança !
Ao, já falecido, querido tio Ten. José Milton Marcondes Cabral.