Roubaram eu de Mim
Aos 12 anos fui diagnosticada como feia
Quando o amor ardeu na veia
Pela primeira vez esse diagnostico
Foi bombástico.
Porque na adolescência ninguém
Quer namorar o patinho feio
Busca-se por cisnes belos existentes no planeta,
Creio eu.
As grades do meu castelo
Sempre afastaram as pessoas de mim.
A severidade da minha família
Me fizeram ser uma ilha mal-assombrada
visitada por poucos ou quase nenhum.
Até tive dois guardiões
Mais a morte levou-os.
acredito que cedo de mais
desde então nunca tive a paz de antes.
Esse fato até me ensinou muito
Mas, no final viraram feridas incuráveis.
Estava crescendo quando esbarrei no amor de novo
Esse veio louco, nervoso, admiravelmente forte.
Eu era a menina doce feito o mel da mais caprichosa abelha
Só que novamente cair na telha de ser a feia que ninguém
Conseguia ir além de uma só mera amizade.
Na dor de um amor não correspondido
E sentindo o meu eu sair de mim
Chegou até o tal príncipe benjamim
Que me assumiu
Me encantou
Me acolheu
Em um novo caminho até pensei
Contudo esse tinha pressa e muita conversa
Quando a minha história conheceu
Logo deu um jeito de se esquivar
Correr, me culpar e me abandonar.
A vida é confusa
Entretanto eu nunca fui musa
Infelizmente a minha beleza nasceu dentro
De mim. No coração na mente
Onde ninguém foi capaz de encontrar.
Feito fênix
Levantei novamente
Mais forte ainda
Mesmo sendo vítima das piadas internas
Fui desviando das armadilhas e mazelas
Fui descobrindo as aquarelas existentes dentro de mim
Mesmo todos roubando eu de mim.