ANIVERSÁRIOS - RECORDAÇÕES PUERÍCIAS
Quem não gosta de ter uma bela festa, para o aniversário comemorar.
Mas, quando cai em data festiva, isso acaba em transtorno se transformar.
Nasci na época de São João, então todo ano era a festa do lugar.
Minha mãe, vizinhas e amigas se juntavam, para tudo poder arrebentar.
Começavam uma semana antes, os preparativos a preparar.
Era comida demais, ninguém podia disso reclamar.
Elas dividiam as tarefas, e a mão na massa iam colocar.
Tinha paçoca, linguiça, baião de dois, aluá, e o que mais se possa imaginar.
E nos preparativos, decoravam tudo de acordo como um grande arraiá.
Tinha que ter quadrilha, e ensaio para poder a todos deslumbrar.
E além das roupas toscas, e maquiagem para o personagem adaptar.
Ainda tinha a carroça, puxada por burro, que nos levava até lá.
Como eu me recusava a ser a noiva, pois o povo dizia, que quem era não ia casar.
Eu tinha minha tia caçula, que todo ano tinha que esse papel interpretar.
No começo eu gostava, era festa, brincadeira e eu queria tudo desfrutar.
Mas, com o tempo, fui crescendo, e já não aguentava mais representar.
Porém, uma coisa não se pode negar, e é melhor aceitar.
Que festa de aniversário em data festiva, o povo gosta de participar.
E entram no clima com muita alegria, para brincar e dançar.
E a gente se sente mais importante, por ser o centro do lugar.
Lembro da entrada triunfal da quadrilha a balançar.
Das músicas cheias de regras para se proteger da chuva e pular.
Dos chapéus de palha decorados e das maquiagens caricaturar.
E de tanta coisa gostosa para comer e se deliciar.