ANIVERSÁRIOS - RECORDAÇÕES PUERÍCIAS

Quem não gosta de ter uma bela festa, para o aniversário comemorar.

Mas, quando cai em data festiva, isso acaba em transtorno se transformar.

Nasci na época de São João, então todo ano era a festa do lugar.

Minha mãe, vizinhas e amigas se juntavam, para tudo poder arrebentar.

Começavam uma semana antes, os preparativos a preparar.

Era comida demais, ninguém podia disso reclamar.

Elas dividiam as tarefas, e a mão na massa iam colocar.

Tinha paçoca, linguiça, baião de dois, aluá, e o que mais se possa imaginar.

E nos preparativos, decoravam tudo de acordo como um grande arraiá.

Tinha que ter quadrilha, e ensaio para poder a todos deslumbrar.

E além das roupas toscas, e maquiagem para o personagem adaptar.

Ainda tinha a carroça, puxada por burro, que nos levava até lá.

Como eu me recusava a ser a noiva, pois o povo dizia, que quem era não ia casar.

Eu tinha minha tia caçula, que todo ano tinha que esse papel interpretar.

No começo eu gostava, era festa, brincadeira e eu queria tudo desfrutar.

Mas, com o tempo, fui crescendo, e já não aguentava mais representar.

Porém, uma coisa não se pode negar, e é melhor aceitar.

Que festa de aniversário em data festiva, o povo gosta de participar.

E entram no clima com muita alegria, para brincar e dançar.

E a gente se sente mais importante, por ser o centro do lugar.

Lembro da entrada triunfal da quadrilha a balançar.

Das músicas cheias de regras para se proteger da chuva e pular.

Dos chapéus de palha decorados e das maquiagens caricaturar.

E de tanta coisa gostosa para comer e se deliciar.

Noélia Alves Nobre
Enviado por Noélia Alves Nobre em 23/11/2018
Código do texto: T6509677
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