HISTÓRIAS DE FANTASMAS - RECORDAÇÕES PUERÍCIAS
Nossa casa era velha, e cheia de fantasmas, esse era o rumor.
Na calada da noite, ouvíamos lavarem louça, era um estupor.
Só o barulho da água da pia, e dos pratos. Nos enchíamos de pavor.
E quando alguém, corria para ver, tudo parava, nada tinha, só o temor.
Resolvemos assombrar a empregada, com lençóis brancos só para ver o horror.
Mas, ela desconfiou, e trancou a porta do quarto, para mostrar seu rigor.
Porém, quando se virou, deu de cara com uma mulher de branco, e foi arrebatador.
Essa mulher correu tanto, não quis mais voltar, foi um medo avassalador.
Minha mãe esperava uma candidata a emprego, para ser trabalhador.
De repente na porta da sala, surge uma senhora calada, sem estertor.
Pediu que ela sentasse e foi pegar uma água por causa do grande calor.
Na volta, não havia ninguém lá, e notou que tudo estava trancado, sem contrapor.
Mamãe me mandou dormir, e fui ouvir discos de histórias, por ser obstinador.
Mas, o personagem começou a gritar, e o som foi ensurdecedor.
Ela entrou ligeiro, pensando que era eu gritando de terror.
E me deu um belo carão, pela minha desobediência, com rancor.
Eram tantas histórias de fantasmas, que dava até um tremor.
Imaginar que lá tinham fantasmas, e que podiam aparecer com fulgor.
E o desconhecido, sempre foi para mim, bastante tentador.
E à noite, no quarto, eu imaginava surgirem sem torpor.
Um dia por maldade, foram tentar me colocar pavor.
E três meninas lá de casa, com lençóis queriam ser escarnecedor.
E do nada abriram a porta do quarto e gritaram com horror.
Do susto, também gritei, e elas se assustaram. Foi devastador.