AQUELES DIAS DE ENTÃO
São dias que jamais esqueço,
Curioso espreitava o meu pai,
Deitado na cama pra repousar
A ler o jornal do dia, um prazer
Pra ele de ler e pra mim do ver.
Ensonado, deixava o jornal cair
Sobre o rosto, vindo a ressonar.
O sono do meu pai era breve,
Cerca de uma hora chegava
Para voltar à sua labuta diária,
Bem árdua até a noite chegar,
Enquanto no quintal brincava,
Com o meu amigo chimpanzé,
Que adorava estar ao meu pé.
Aqueles dias de então jamais
Voltarão, estão pois perdidos ,
Mas sempre aqui recordados,
Por terem sido bem vividos,
Tempos que me são queridos,
E por mim toda a vida amados.
Deixando-me assim aos ais.
Ruy Serrano - 19.11.2018