Dizer não!
Há muito custo aprendi dizer “não”
Houve tempos em que nem tinha opinião...
Mas isso não maltratava meu coração
Era a era da exclusão
Do pensamento vão
Do “eu” fora de questão
E as perdas foram se acumulando
Sem que tivessem sido, como perdas, feita a identificação
Sentia-se somente o acúmulo de certa emoção
Algo que crescia em geométrica proporção
Inflando como um balão
Como fumaça tóxica no pulmão
Seria iminente a explosão
Quando sinais de alguma nova orientação
Surgiam trazendo nova visão
Abrindo furos nos “sins”
Eram os “nãos”
E, quem diria, quão positivo tornara-se a negação?