RECORDAÇÕES PUERÍCIAS - INFÂNCIA COM A MINHA BISAVÓ

Como eu poderia esquecer aquela mulher de gesto articulador.

Que amava conversar e rir sem nenhum motivo significador.

Ela gostava de um fumo, que era fedorento e de forte odor.

E de cafuné na cabeça, ela amava, pois era confortador.

Ela morava longe, pouco podíamos nos ver, e essa intervalo era entristecedor.

Mas, o pouco tempo que tínhamos, era aproveitado com muito esplendor.

Ela me falava de seu sítio, no qual ela plantava como se fosse lavrador.

Da sua vaca malhada, pela qual ela nutria um grande amor.

Um dia ela pediu ao meu pai para ir com ela as férias passar no interior.

Ele não concordou, e a cidade dela conheci, no seu partir, para o meu dissabor.

Seu sorriso resplandecente e sua alegria extasiante eram de grande resplendor.

Dizia que como a vida passava rápido, deveríamos dormir pouco e ter muito humor.

Refrigerante, ovo frito e paçoca de carne de sol eram para ela, um benfeitor.

Tinha uma paixão pela vida, sem igual, e desta felicidade se fazia semeador.

Gostava de fazer piadas, possuía um enorme coração, que era também, consolador.

Sua existência foi de grandes batalhas, da qual no final, ela pode ser vencedor.

Me falava de sua vida difícil, quando saiu do interior, e foi na capital ser morador.

E de como sozinha, precisou criar os filhos, sem ajuda. Foi assustador!

Mas, ela não desistiu, e apesar de não ter ficado rica, conseguiu seu intento com louvor.

Linda, sorria com os olhos, essa é a imagem que guardo do seu jeito acolhedor.

De estatura mediana, rechonchuda, óculos na face, e um sorriso engrandecedor.

Gostava da vida de tranquila, era simples e tinha um coração cheio de amor.

Era um pouco desligada, e uma conversa no telefone, deixou isso esclarecedor.

Pois após longa conversa no telefone, descobriu, que desconhecia o receptor.

Noélia Alves Nobre
Enviado por Noélia Alves Nobre em 12/11/2018
Código do texto: T6500674
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