RECORDAÇÕES PUERÍCIAS - INFÂNCIA COM O PAI
Ele sempre foi demais, divertido e gozador, não se deixava inibir.
Nos dávamos bem, com certeza, fazendo cosquinhas e rindo até cair.
Adorava álbuns de figurinhas, e colecionávamos juntos, para nos divertir.
Cada página completa, era uma festa, e tudo isso, nos fazia interagir.
Tinha o desfile do sete de setembro, no qual eu adorava me inserir.
Ele me levava para ver os blocos desfilarem no carnaval a luzir.
E os maracatus me impressionavam pelo som e roupas de aplaudir.
Com os pandeiros, tambores e mudos eram motivos para nos distrair.
Para festas dançantes ou não, meus pais me levavam para descontrair.
Com as quais aprendi a cantar tango, e tantas belas outras músicas ouvir.
Viagens decididas em cima da hora, não tinha nada que eu mais gostasse de curtir.
Os percalços das viagens eram alegrias, que nos deixam lembranças a refletir.
Com ele aprendi a jogar baralho, e era bom, posso admitir.
Fazer palavras-cruzadas, e os cowboys imitar e rir.
Desvendar os sertões em todas as suas belezas e difundir.
Aproveitar a vida, na sua plenitude sem me inibir.
Ele me fez ter uma infância da qual realmente pude usufruir.
Inventava mil coisas para podermos na existência imergir.
Dizia que a vida era cheia de oportunidades, só era necessário persistir.
E nunca esquecer que o primordial, era felicidade transmitir.