RECORDAÇÕES PUERÍCIAS - INFÂNCIA COM O PAI

Ele sempre foi demais, divertido e gozador, não se deixava inibir.

Nos dávamos bem, com certeza, fazendo cosquinhas e rindo até cair.

Adorava álbuns de figurinhas, e colecionávamos juntos, para nos divertir.

Cada página completa, era uma festa, e tudo isso, nos fazia interagir.

Tinha o desfile do sete de setembro, no qual eu adorava me inserir.

Ele me levava para ver os blocos desfilarem no carnaval a luzir.

E os maracatus me impressionavam pelo som e roupas de aplaudir.

Com os pandeiros, tambores e mudos eram motivos para nos distrair.

Para festas dançantes ou não, meus pais me levavam para descontrair.

Com as quais aprendi a cantar tango, e tantas belas outras músicas ouvir.

Viagens decididas em cima da hora, não tinha nada que eu mais gostasse de curtir.

Os percalços das viagens eram alegrias, que nos deixam lembranças a refletir.

Com ele aprendi a jogar baralho, e era bom, posso admitir.

Fazer palavras-cruzadas, e os cowboys imitar e rir.

Desvendar os sertões em todas as suas belezas e difundir.

Aproveitar a vida, na sua plenitude sem me inibir.

Ele me fez ter uma infância da qual realmente pude usufruir.

Inventava mil coisas para podermos na existência imergir.

Dizia que a vida era cheia de oportunidades, só era necessário persistir.

E nunca esquecer que o primordial, era felicidade transmitir.

Noélia Alves Nobre
Enviado por Noélia Alves Nobre em 06/11/2018
Código do texto: T6495781
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