Como barquinho de papel
Infância...banhos de chuva...
no frio, andar com luvas.
Barquinhos de papel,
imaginar desenhos nas nuvens do céu!
Infância... amarelinha e pega-pega,
pernas-de pau,
cabra-cega,
e aquele vizinho com cara de mau...
Infância... a fruta no pé,
peixe que o pai ia pescar,
mãe de manhã fazendo café,
e a nôna querida, ajoelhada a rezar!
Infância... lembranças puras,
borboletas voando no jardim,
meus irmãos pertinho de mim,
viagens: grandes aventuras!
Lá fora agora, trânsito barulhento,
e eu aqui, dentro deste apartamento,
A lembrar, e pensar, recordar!
Ah vida cruel!
minha infância foi embora,
como aquele barquinho de papel!
(Poesia "online" mote dia 11/09/2007)