Nos tempos das Serenatas

Nas noites claras, pela luz da lua

Eu fazia serenatas p'ra minha amada,

Eu cantava canções em plena rua

Numa noite bonita enluarada.

Ao som de um violão bem afinado

No silêncio da noite se ouvia

A voz do seresteiro apaixonado

Acordando a amada que dormia.

Na sacada da varanda ela ficava

Contemplando a beleza do luar,

E eu, lá embaixo, nas cordas dedilhava

Uma linda canção pra lhe ofertar.

Boemia... serenatas, Boemia...Que saudade!

Dos meus tempos de jovem seresteiro,

Das canções que expressavam de verdade

Os meus sonhos daquele amor primeiro.

Hoje, nesta noite enluarada,

Contemplando a beleza do luar

Eu e ela sentados na calçada

Recordando ficamos a relembrar

As serenatas que outrora eu fazia

Nas madrugadas frias quando eu cantava

Com a voz rouca, desafinado eu repetia

A mesma canção que sempre eu encerrava.

BLopes
Enviado por BLopes em 10/09/2007
Reeditado em 11/09/2007
Código do texto: T646888