O MEU BALOIÇO
Como eu adorava o meu baloiço.
No seu baloiçar me sentia feliz,
Me divertia como sempre quis,
O meu baloiço era terno e maroto.
Quantas saudades tenho do baloiço,
Com que baloiçava os meus sonhos
De criança. Me sentava no seu colo
E baloiçava em balanços medonhos.
Ainda hoje gostava dum baloiço ter,
Para balançar minha vida de prazer,
Ao escrever a minha poesia e amar,
Numa praia quando o dia me deixar.
O meu baloiço era o meu bom amigo,
Era um prazer quando estava comigo,
Tantas saudades tenho do meu baloiço,
Não o esquecerei até ao fim desta vida.
Hoje o baloiçar é outro, não da prazer,
É um baloiçar imposto pela vida cruel
Que se vive todos os dias, só a sofrer,
Baloiçar nos dias de hoje, sabe a fel.
Ruy Serrano - 01.10.2018