O MEU BALOIÇO

Como eu adorava o meu baloiço.

No seu baloiçar me sentia feliz,

Me divertia como sempre quis,

O meu baloiço era terno e maroto.

Quantas saudades tenho do baloiço,

Com que baloiçava os meus sonhos

De criança. Me sentava no seu colo

E baloiçava em balanços medonhos.

Ainda hoje gostava dum baloiço ter,

Para balançar minha vida de prazer,

Ao escrever a minha poesia e amar,

Numa praia quando o dia me deixar.

O meu baloiço era o meu bom amigo,

Era um prazer quando estava comigo,

Tantas saudades tenho do meu baloiço,

Não o esquecerei até ao fim desta vida.

Hoje o baloiçar é outro, não da prazer,

É um baloiçar imposto pela vida cruel

Que se vive todos os dias, só a sofrer,

Baloiçar nos dias de hoje, sabe a fel.

Ruy Serrano - 01.10.2018

Ruy Serrano
Enviado por Ruy Serrano em 30/09/2018
Reeditado em 30/09/2018
Código do texto: T6463607
Classificação de conteúdo: seguro