GUILLAIN BARRÉ EM VERSO

Do sentido ao sem sentido

Foi caindo a ficha do ocorrido,

Entre a razão e a emoção

Não se vê quem vence não.

Um dia dorme tranquilo

No outro quase desfalecido

Vai perdendo o levantar

O incrível prazer de se movimentar,

Só fica ali intacto

Esperando alguém ajudar.

E depois do sintoma citado

É necessário ter um resultado

E dali se inicia os momentos de calvário,

É agulha pra todo lado

Que por mais impossível que for

Você não sente nem de olhos fechados

O local em que é aplicado

Que surreal esse verso falado,

Mas nada comparado com o que é vivenciado.

E com o resultado em mãos,

Não tem previsão de alta não,

O hospital vira a segunda casa

Triste realidade, não?

É tirado os alimentos, líquidos e banho no chuveiro.

E isso não é nem a metade,

Posso confirmar com total convicção

Que só fazemos um peso na terra,

Mas nunca pensei em desistir não!

Em alguns dias do ocorrido

Fui levada ao coma induzido,

Ao acordar não se sabe direito

O seu quadro, seu desfecho,

Só que estava cheia de dor

E toda aparelhada,

Que momento de horror...

Os dias vão se passando

E só cabe a você aceitar

Que a força vem de dentro

E que é necessário continuar.

Nem de verso rimado

Sou capaz de detalhar o relato

Que só de recordar

O meu peito vem apertar

E ao longo dessa poesia

Um sentimento veio transbordar

Ele se chama gratidão

E os meus olhos fez molhar

Mesmo depois do acontecido

Nunca me tirei o riso

E é isso pra quem vem questionar,

A resposta é bem direta,

Não tem doença na certa

Que meu Deus não possa curar!

Luana Sales
Enviado por Luana Sales em 28/09/2018
Reeditado em 28/09/2018
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