Coração parando...

Bate coração, não pare agora,

faria versos mortos extraídos de outra memória,

e se eu morrer, quem os cuidará em toda hora?

Bate, coração, dá-me fôlego novo, vida forte,

pois não quero agora cantar a canção da morte

nem ver os amores meus chorarem

por perder este poeta com alma de Fado.

Bate, coração, dá-me a luz da vida,

não me deixe seguir por estradas perdidas

onde fazer versos me seja proibido.

Depois de quase morto você reapareceu,

deu-me um beijo forte de esperança

e reascendeu...

e por amor a mim, voltou a bater

e fazer poemas, como se minha doce sina

fosse mesmo essa!