LAGOA DA PAJUÇARA

Francisco de Paula Melo Aguiar

Cadeira 7 – Academia Paraibana de Poesia

A grande lagoa cheia de lama e junco

mais bela que qualquer outra lagoa...

banhava a minha pequena grande aldeia – a Fazenda Maraú.

A grande Lagoa da Pajuçara

maior que qualquer outra lagoa...

aguava as hortaliças de meu pai e também minha veia.

Afeitos à solidão de corpo e alma

pescadores em pequenas canoas ou balsas construídas de rolos de bananeiras, tornam esplêndido o cenário da Lagoa da Pajuçara de minha infância, que o rio Gurinhém afluente do Paraíba represava...

Ao acaso do ocaso, entre o côncavo e o convexo talhavam-se silhuetas

como se por mãos fossem feitas

para descortinar ou descobrir tal magnitude em minha visão infanto-juvenil.

O seu crepúsculo voltarei a contemplar em tempos outros...

Para afogar em suas águas minhas mágoas ou alegrias,

deste coração minúsculo, ventania, lagoa da Pajuçara

que o tempo passou porém não apagou de minha mente.

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 23/06/2018
Reeditado em 23/06/2018
Código do texto: T6371991
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