O REGRESSO
(Ps/433)
Tantas as curvas,
Como a saudade pelo caminho!
Desbravavam a dormência,
Olhar milimétrico de chão!
Tantas curvas da serra fria
Que convidava a respirar
A sentir tremores d'alma
Para lá chegar!
As flores se esconderam
Não se deixaram ver
Tampouco exalavam perfume
Para poder sobreviver!
Ideia de rever, medo de sentir
Motor do carro parecendo chorar
Junto ao rio, entre as pedras a água
A descer... a descer até espumar!
Topo da serra, visão tediosa
Águas entubadas, represadas
Pedras secas,
Cascata invisível,
Modernidade,
Cálculo no coração,
Saudade!
Como importa aquela solidão
Sentida pelo caminho!
Indiferença, sem a presença
Daquela árvore, o Azevinho!
Da gota de orvalho na flor
Pude sentir o frescor
Tato e sentido, sentidos
Numa lápide fria, a flor!
Era de uma era que longe vai
Represa no coração a dor
Das cantigas da água que
Nas pedras, não cantam mais!
(Ps/433)
Tantas as curvas,
Como a saudade pelo caminho!
Desbravavam a dormência,
Olhar milimétrico de chão!
Tantas curvas da serra fria
Que convidava a respirar
A sentir tremores d'alma
Para lá chegar!
As flores se esconderam
Não se deixaram ver
Tampouco exalavam perfume
Para poder sobreviver!
Ideia de rever, medo de sentir
Motor do carro parecendo chorar
Junto ao rio, entre as pedras a água
A descer... a descer até espumar!
Topo da serra, visão tediosa
Águas entubadas, represadas
Pedras secas,
Cascata invisível,
Modernidade,
Cálculo no coração,
Saudade!
Como importa aquela solidão
Sentida pelo caminho!
Indiferença, sem a presença
Daquela árvore, o Azevinho!
Da gota de orvalho na flor
Pude sentir o frescor
Tato e sentido, sentidos
Numa lápide fria, a flor!
Era de uma era que longe vai
Represa no coração a dor
Das cantigas da água que
Nas pedras, não cantam mais!