Soluço.
preso
ao cadáver
do tempo do ontem,
no vazio do quarto,
eu, nu-
vem densa,
soluço...
as unhas
arranham os móveis,
a boca escuma
o desejo pretérito,
incrédulo,
materializo
sua imagem
no espelho do teto...
preso
ao cadáver
do tempo do ontem,
no vazio do quarto,
eu, nu-
vem densa,
soluço...
as unhas
arranham os móveis,
a boca escuma
o desejo pretérito,
incrédulo,
materializo
sua imagem
no espelho do teto...