Para o poeta louco
Era um homem triste
Que nada sabia de amor
Até na arte expressava
O riso frouxo de tristeza e dor.
Falou-me das suas amadas
Mas todas idealizadas
Damas das madrugadas
Mas em nenhuma tocou.
Era um homem triste
Que vivia em Montevidéu.
De dia, criava
Entre tintas, argila e cinzel,
À noite, caminhava aflito
Engolia estrelas
Pelas ruas de Montevidéu.
No fim da tarde de Montevidéu,
Sumiu...
Não sei se virou estrela
Ou se bebeu o rio
Foi numa tarde fria de Montevidéu...
Beijo a todos!