ÚLTIMA CENA
O clarão da lua resplandece
Lá no alto!
Seus raios prateados
Se espraiam pelo utópico
Mundo das fantasias.
Os súditos da noite
Vagueiam pelos seus sinuosos
Caminhos ornados pelo brilho;
Dos olhares que se encontram
No teatro da vida.
E a erma paixão floresce
Na beleza do sorriso,
Que emoldura o anonimato
De um belo rosto,
Transitório disfarce dos amantes.
De um incontido desejo
Que aflora na virtual imagem
De uma atração passageira,
Que logo se tornará passado
Quando o presente for embora,
Deixando nas asas do pensamento
A última cena vivida;
Lembranças de um ilusório momento
Que o tempo levou.