Uma tarde
Caiu a tarde, aos meus pés,
Vazia dos seus sentidos:
Uma nesga azul de céu,
Um vento a assoviar
Bem junto aos meus ouvidos.
A tarde tentou dizer-me
Das tardes que já se foram:
O céu vermelho, cenário
A dor, o santo sudário
Daquele rosto, a doer-me.
Brilhou a primeira estrela,
Achei que já nem viria...
Brilhou a primeira estrela,
No céu lilás, tão sozinha,
Com o tempo a remoê-la.
E o pó daquela estrela
Sobre a vida derramado...
Quisera pudesse tê-la,
Quisera pudesse vê-la
A brilhar, sempre ao meu lado.
Caiu a tarde, aos meus pés,
Em versos e estranhas rimas...
Caiu a tarde em palavras
Querendo ser declamada
Alinhada sobre a linha.
Caiu a tarde, aos meus pés,
Vazia dos seus sentidos:
Uma nesga azul de céu,
Um vento a assoviar
Bem junto aos meus ouvidos.
A tarde tentou dizer-me
Das tardes que já se foram:
O céu vermelho, cenário
A dor, o santo sudário
Daquele rosto, a doer-me.
Brilhou a primeira estrela,
Achei que já nem viria...
Brilhou a primeira estrela,
No céu lilás, tão sozinha,
Com o tempo a remoê-la.
E o pó daquela estrela
Sobre a vida derramado...
Quisera pudesse tê-la,
Quisera pudesse vê-la
A brilhar, sempre ao meu lado.
Caiu a tarde, aos meus pés,
Em versos e estranhas rimas...
Caiu a tarde em palavras
Querendo ser declamada
Alinhada sobre a linha.