Balanço
Balança o balanço preso ao caquizeiro
e de tão ligeiro... pareço flutuar...
Fração de segundos, mudando o sentido,
sou beija flor a voar... pairando no ar...
Um grito de mãe cobra-me atenção;
já é tarde demais e rompe-se o cordão...
E aí alço voo, lanço-me inteiro
e carrego comigo o portão do galinheiro...
Tal qual avião ao perder o controle
estatelo no chão com o balanço na mão...
É possível enxergar poesia
na simplicidade do dia a dia.