CERTIDÕES DE UM PASSADO

Se caminhares pela estrada das mangueiras
Hás de notar um sítio, à beira, abandonado
Morava ali uma família, outrora
Cuja história desconheço, até agora
A mata encobre toda a área adjacente
Mas vejo ali, testemunhas de épocas passadas
Sempre presentes, ali no tribunal sentadas!

Ficaram cacos das telhas do paiol
Muitos resquícios dos currais de gado
Seus alicerces, soberbos, ainda se mostram
Atestam o que fora aquela propriedade
Tudo, ali havia, bem longe da cidade
Do moinho, a pedra, ainda há pouco eu via
Do monjolo, podia-se ver algumas partes
A mão e o pilão, feitos com arte!

Ainda me lembro das estórias mil
A nós contadas pelo nosso avô
Falava muito de alguns lugares
Que há tempos foram habitados
Mas que hoje em dia, são lúgubres taperas
Em nossas vidas existem marcas do que fomos
São certidões, dizia nosso avô, de um tempo passado!

Sobradinho-DF, 27/08/07-abello