(Sócrates Di Lima)
Lembrei-me de uma casinha amarela,
Que em poesia um dia pintei,
Para ali fazer amor com ela,
Mas fim de noite, triste acordei.
Uma casinha amarela,
Ali no pé da serra,
Um sonho que inventei,
Em linginqua terra.
E veio a tempestade,.
Arrastou-a para tão, tão distante...
E com ela a saudade,
De um dia ser teu amante.
Tem horas que me pego,
No meio da noite sonhando,
E nesse sonho me entrego,
Como se estivesse te amando.
Ai acordo molhado,
Não sei se é de calor ou desejo...
E o que me deixa neste estado,
É a louca vontade do teu beijo...
Dentro daquela casinha amarela...
Em cada sonho da minha solidão,
Voo nas minhas loucas escapadelas,
E amanherço no mais louco tesão.