Paz
A manhã nascente
vinha com linda nudez,
Com os sóis nas entrelinhas
E sua altivez
Óh, manhãs de sóis impondo luz!
Não me enleve sem certeza
Nem me deixe pra sempre
Se vieres hoje, traga pureza
Em teus olhos de céu
Ouça meu coração que bate,
com jeito aflito
desgorvernado, inconsequente
Após silenciar sombrio volta aos gritos
Porque já foi pedra batendo n'água
Barulho de luz partindo horizontes
Limpando chagas
E em prece subindo os montes
D'onde antes descia um rio
Hoje há flores de girassóis
trazendo o canto das aves
À tardinha simples nos arrebóis
Vixe! Mas que medo!
De tua ausência não mais
Mas isso é segredo...
Tenho agora sonhado com a paz.