Lembranças

Quando se envelhece,
Não digo “velho” como “vetusto”,
Mas, antigo, como amadurecido, robusto
Nasce amarga pergunta que entristece.

Meus amigos, por onde têm andado?
Pessoas, pretéritos conhecimentos,
Há muito esquecidos, doces acontecimentos;
Lá do fundo, amargamente têm acenado.

De vez em quando, irrompe uma lembrança,
Típico, de quem ainda tem esperança!
Tenho dó daqueles momentos, sozinhos,
Guardados, qual tímidos burburinhos.

No meu canto, calado, eu vivo o passado,
Aquele, que há muito deixei de lado,
Triste, sem qualquer afago...


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Marcus Hemerly
Enviado por Marcus Hemerly em 10/01/2018
Reeditado em 15/01/2018
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