Companheira
Rosinha era minha fiel companheira
Amiga dos passeios das tardes de domingo
Das idas ao mercado e lugares próximos
Seu nome, apelidada pelos vizinhos
Possivelmente deu-se por sua cor rosada
aliada ao meu próprio nome.
Ela não era nova, havia ganho usada
Mas novas alegrias me dava a cada dia
Contagiando a minha vida.
Era pequena, mas grandes lembranças deixou
Marcando a minha infância
Pelas marcas de calos que seus punhos me causaram
Pelos amigos que aproximou
e pelas brincadeiras que proporcionou.
Porém, uma lembrança triste ficou,
De tanto andar,
Um imenso furo no seu pneu se instalou
e já sendo bem velhinha,
a Rosinha, minha bicicleta
o ferro-velho levou.