O PÓ VOLTA AO PÓ
É um espocar de tiros e uma mistura de gritos
Na tocaia covarde de quem quer me matar,
O cheiro forte do meu sangue que vejo aflito
Pagando o preço sem participar do conflito
Uma última visão das estrelas e da luz do luar.
Caído no pó com os olhos voltados para o céu
A boca aberta e os dentes de coelho rangendo
Apertando numa das mãos o amassado chapéu
Sentindo toldar-se os olhos com um negro véu
O brilho da lua nos olhos devagar esmaecendo.
Eu morro então a minha primeira morte na vida,
Foi uma boa morte em muitas horas, prolongada,
Eu não vi luzes, não vi anjos, nem gente querida,
E se ficasse ali esta teria sido a minha despedida
Transformando-me em pó junto ao pó da estrada.
EXTRAIDO DO MEU LIVRO
"APRENDA A MORRER UM POUQUINHO"
É um espocar de tiros e uma mistura de gritos
Na tocaia covarde de quem quer me matar,
O cheiro forte do meu sangue que vejo aflito
Pagando o preço sem participar do conflito
Uma última visão das estrelas e da luz do luar.
Caído no pó com os olhos voltados para o céu
A boca aberta e os dentes de coelho rangendo
Apertando numa das mãos o amassado chapéu
Sentindo toldar-se os olhos com um negro véu
O brilho da lua nos olhos devagar esmaecendo.
Eu morro então a minha primeira morte na vida,
Foi uma boa morte em muitas horas, prolongada,
Eu não vi luzes, não vi anjos, nem gente querida,
E se ficasse ali esta teria sido a minha despedida
Transformando-me em pó junto ao pó da estrada.
EXTRAIDO DO MEU LIVRO
"APRENDA A MORRER UM POUQUINHO"