A fazenda

A cerca envolta da madeira envelhecida era afiada dando a impressão de segurança, ali havia grama fresca onde os bois e as vacas malhadas se deliciavam num banquete fenomenal, o céu azul celeste refletia o pequeno lago onde patos e gansos nadavam fazendo poesia no balancear das águas, pequeninas flores azuis brotavam na beirada atraindo abelhas virís em busca do mel do amanhã, o vento soprava e o aroma delicado das flores de jasmin deixava o ambiente agradável, um caminho de terra se escondia por dentre um pomar onde pássaros cantarolavam por cima dos galhos com alegria saudando o sol que tocava o solo, dessa vez com delicadeza. Ao norte, os morros com pedras rochosas brilhavam na umidade que a chuva do dia anterior deixara, um suave cheiro de café sentia-se ao se aproximar da janela velha já devorada pelos cupins, pãozinho quente caseiro feito pelas mãos já cansadas de alguém que chamava por meu nome, essa rotina era a que eu sempre queria... Meu nome agora é saudade.

Felipe Beckmann
Enviado por Felipe Beckmann em 24/12/2017
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