DIARIAMENTE
Jamais tivera um abrigo
Para descansar seus sentimentos
Inerte no centro da cidade
Onde a luz, iluminando por fora, acende
Ao redor, são só pessoas
E passam de mãos dadas, abraçadas
Deixando a alma de carona no tempo
Lapidando momentos eternos
São: limite, invasão, insônia, fidelidade
Que bate no passar das horas que voam
Sabendo que decisão é presente
E passa em pôr-do-sol diariamente
De abrigo se fez grisalhos
A luz ilumina os filmes na memória
E faz rir, sonhar a mercê do passado
Que justifica trajetórias imortais.
André do A. Gomes.