A Volta 

Quero voltar ao meu estado original,
aquele tempo, do qual se sente falta,
aquele! decerto...não houve outro igual,
poder chamá-lo, de novo, em voz alta.

Brincando inocente de faz de conta,
diferente do hoje nosso, onde se atua,
versão amadurecida, a qual remonta,
todos os dias, à dor real que se atenua.

Hoje, brinco mais do que brincava antes,
consciente, sei que brinco de ser gente,
gente grande, contida em seus rompantes,
fingindo junto com todos, não ser carente.

Eu quero a pura sinceridade da criança,
que carrega pela mão para brincar de adulto,
pois de meus sonhos, resta triste herança,
a que ao pó retorna, vazia, qual nulo vulto.


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Marcus Hemerly
Enviado por Marcus Hemerly em 30/08/2017
Reeditado em 14/12/2017
Código do texto: T6099866
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