TROCANDO A ROUPA DA ALMA
TROCANDO A ROUPA DA ALMA
Pensando na alcova da meditação
Queria trocar a roupa de minha alma
Fazendo uma viagem pro infinito
Vestir túnica de seda de cor escarlate
De brilho único muito cintilante
Calçando a sandália da humildade
Ornada com pedras de brilhante
Trocar o futuro pelas memórias da saudade
Eu queria me vestir de alegoria fascinante
Desfilar na passarela dos encantos
Desse imenso palco profundo
Que nós chamamos de mundo
Estou precisando muito desta fuga
E eu que nem me chamo RAIMUNDO
Visto que meu quarto não tem janela
Sou prisioneiro das lembranças
Haja vista, a única porta não é externa.
Samuel Alencar da Silva- SALENCAR
Belém, Sacramenta, 30 de julho de 2017.