Vazio

VAZIO

Por Luiz A G Rodas

Manhã com sol quase ausente

Dia cinzento e sem calor

Céu de nuvens escuras

Orvalho, jardim sem flor

Sabor de café só aumenta

Saudade, roubando vigor

Escrevendo assim, busco

Reencontrar minha alegria

Enquanto revejo a cena

De carnaval sem alegoria

Meus olhos traduzem a dor

Deste poema em agonia

Os pingos da chuva insistem

Em mostrar a incapacidade

De luta, de reação

De alguém sem liberdade

Penitência que não apaga

Os danos da mocidade

Nem tudo que é tristeza

Se resume num lamento

Em mim está a lembrança

Sobrevivo, meu pensamento

Trás a felicidade repentina

Me tirando do relento.

Luiz Rodas
Enviado por Luiz Rodas em 23/07/2017
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