Um jeito de sentir que eu tinha

Lembrei um jeito de sentir que eu tinha;

havia uma alegria enorme,

de consternar os dias mais febris.

O tempo insistia em me lamber as ventas.

- Passa, tempo! vá brincar com os passarinhos!

Um poema disforme corria à rosa dos ventos;

a qualquer rumo que ia

levava meus cumprimentos.

Tão coloria a cidade que me disseram, às galhofas, do espanto do Carnaval.

Era um verso de amor que ria,

tão simples que se existia

sem precisar de um lugar.

Só me sobrou uma resma,

um pixuleco,

uma nesga.

Mas nem por isso sou triste!!!

(Mas nem por isso sou triste!!)

(Mas nem por isso sou triste!)

(Mas nem por isso sou triste)

(Mas nem, por isso sou triste)

:(

Pô!