*AUTORETRATO
Procurei teu olhar no silêncio d’alma
Entrei sem temporal, muda, inquieta,
Nada vi, vasculhei vi tua calma,
Na calmaria das horas em muleta.
Assim te vi oculto nos teus versos
Ouvindo teu pulsar nas frases nuas.
A brisa passageira em tons anversos
Ocultava teu sonhar, noites e luas.
Não tinha mais sorriso em tua face.
As linhas, sobre a pele, tão profundas,
marcavam toda angústia que fugace
corriam rumo a fora horas mudas.
Sumiu o teu sorriso firme e forte
nas mãos que ambulantes rastreavam
inertes estão enfermas, triste sorte
tremulam qual bandeira desfraldada.
Na face o desbotado da esperança
aos poucos perde o rumo, a solidão.
Os dias do crepúsculo qual herança
transbordam lentamente em alcorão.
Aonde foram as horas das paixões!
Tributo que trazias na bagagem.
Restaram apenas rusgas nos refrãos
Na pálida face rude da passagem.
***
Antologia, Poesias encantadas, Menção Honrosa. SP
No livro: Silêncio que Fala.
Procurei teu olhar no silêncio d’alma
Entrei sem temporal, muda, inquieta,
Nada vi, vasculhei vi tua calma,
Na calmaria das horas em muleta.
Assim te vi oculto nos teus versos
Ouvindo teu pulsar nas frases nuas.
A brisa passageira em tons anversos
Ocultava teu sonhar, noites e luas.
Não tinha mais sorriso em tua face.
As linhas, sobre a pele, tão profundas,
marcavam toda angústia que fugace
corriam rumo a fora horas mudas.
Sumiu o teu sorriso firme e forte
nas mãos que ambulantes rastreavam
inertes estão enfermas, triste sorte
tremulam qual bandeira desfraldada.
Na face o desbotado da esperança
aos poucos perde o rumo, a solidão.
Os dias do crepúsculo qual herança
transbordam lentamente em alcorão.
Aonde foram as horas das paixões!
Tributo que trazias na bagagem.
Restaram apenas rusgas nos refrãos
Na pálida face rude da passagem.
***
Antologia, Poesias encantadas, Menção Honrosa. SP
No livro: Silêncio que Fala.