Tal Qual Rosa.

Desnudada,

Feito rosa.

A qual tiram-lhe defesa:

Os negros espinhos.

Despedida,

Quando no sonho me perdi.

E na madrugada plena,

Das tuas mãos me desprendi.

Nessa condição,

Lavradora de minhas tristezas.

O largo risco da inspiração,

E da sua fonte, camponesa.

Dos leves seios descansados,

Na fonte dum jorrar divino, lavados.

A pele serena se espanta,

Na alvorada da bela moça que canta.

Negra cor de teu silêncio,

Sou castelã do desespero.

Na confusão da luz, me acordo,

E de punhos cerrados, te espero.

Hoje a rima não me limita,

Escrevo sonolenta, o alvoroço das entrelinhas.

De outro modo, delimita,

O chegar do meu tão logo infinito.

_Carolina Oliveira.