O QUE FICOU POR FAZER...

Um sonho de criança que ainda mantenho,

Vida intensa que não me permitiu realizar,

Conhecer a vida animal e a fauna virgens,

Da floresta do Maiombe, imponente oásis,

Que os homens não protegem e destroem,

Por interesses e ambições, de enriquecer,

Sem se empenharem em a floresta defender.

Se na floresta eu tivesse crescido e vivido,

Minha vida teria sido diferente e humilde,

Não teria pecado, nem teria tanta ambição

De usufruir dos vícios desta vil sociedade,

Que apenas se preocupa com sua riqueza,

Não usando de lealdade e pura franqueza,

Por se sentir bem com o mal e a crueldade.

Mágoa a minha, tristeza tão grande, saber

Que os humanos perseguem os indefesos

Animas que vivem em Paz no seu habitat,

Dizimando vidas de elefantes, de gorilas,

Chimpanzés e outros animas inofensivos,

Que vivem sobressaltados com os perigos,

Com que são confrontador no seu dia a dia.

Carrego comigo o pecado e a cruel mágoa

De ficar por fazer o que não fiz, ignorando

A floresta, a pulsar de vida e de inocência,

Sem ter penetrado no seu âmago e interior,

Convivendo de perto com todo o seu sabor,

Sentir o pulso e o coração deste meu planeta

Diferente daquele em que sempre sobrevivi,

Enganado pela vida supérflua que eu vivi.

Ruy Serrano - 14.06.2017

Ruy Serrano
Enviado por Ruy Serrano em 14/06/2017
Código do texto: T6027219
Classificação de conteúdo: seguro