De tudo, nada!
Do lugar, trouxe apenas o vento,
e corri até teu coração para me resfolegar,
e foi quando te achei por completa,
pisando em certas nuvens de um dado céu em festa,
que resolvi pisar também,
como se eu fosse ninguém,
mas tu, tudo para este idiota.
Não somos tidos, nem havidos,
nem desolados defuntos sobre o solo
ensopados nas fortes lágrimas dos cegos,
mais fortes do que meu forte olhar sobre teu mundo.
Uma história ganhou foros de um amor mal acabado,
ainda entre soluços trazidos por sorrisos falsos,
chegados bem antes que tudo morresse entre nós.
Peço-te apenas um abraço. O último de nenhum dado.
Sei de tua alma ingrata, pobre voz de tua vida,
o que jamais aprendeste diferente e amaste,
porque tudo o que sentes não é teu,
nem meu...
nem de qualquer vivo passado!
Poema inédito(03/06/2017)