"Estranha..."
Estranha essa mulher que apareceu,
Uma estranha que em mim ocorreu...
Entre arbustos cheios de espinhos,
Entre as brumas de uma privada loucura,
Eis que surge como estrela alva
A iluminar-me em minha penúria.
Estranho o beijo sem querer,
Estranho tanto bem-me-quer...
Caída do alto do meu mais terno sonho
O sonho que há muito já era perdido,
Fez renascer em mim o sentimento,
Que em outrora havia se perdido.
Estranho o que então aconteceu,
O caminho, o caminhar meu...
Hoje já não é uma estranha,
Aquela que aparecera assim,
E dos estranhos todos vividos,
Só um resta, só um enfim,
Minha imagem no espelho,
O triste passado meu,
Hoje prova por “A” e “B”,
Que o estranho aqui sou eu.
(Bruno Mariano Cavina)