"Estranha..."

Estranha essa mulher que apareceu,

Uma estranha que em mim ocorreu...

Entre arbustos cheios de espinhos,

Entre as brumas de uma privada loucura,

Eis que surge como estrela alva

A iluminar-me em minha penúria.

Estranho o beijo sem querer,

Estranho tanto bem-me-quer...

Caída do alto do meu mais terno sonho

O sonho que há muito já era perdido,

Fez renascer em mim o sentimento,

Que em outrora havia se perdido.

Estranho o que então aconteceu,

O caminho, o caminhar meu...

Hoje já não é uma estranha,

Aquela que aparecera assim,

E dos estranhos todos vividos,

Só um resta, só um enfim,

Minha imagem no espelho,

O triste passado meu,

Hoje prova por “A” e “B”,

Que o estranho aqui sou eu.

(Bruno Mariano Cavina)

Bruno Mariano (Gardeniro)
Enviado por Bruno Mariano (Gardeniro) em 10/08/2007
Reeditado em 21/07/2009
Código do texto: T601212
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