COMT. MILBURGES RIBEIRO FILHO
Ah! Hoje fui passear em meus Rios e Cachoeiras
A saudade foi tão forte que eu venci o tempo...
Junho de 1985 - Um garotinho a olhar o firmamento
Risos de esperança e sonhos de uma vida inteira
- É tanta coisa bulindo comigo aqui por dentro -
E pelos labirintos onde se esconde este poema
Vou assim: Num barquinho singrando no estirão
Correnteza, remanso e água vertendo no porão
Comandante Milburges Ribeiro Filho...
Subindo o barrento Madeirão. Quanta canarãna!
E uma garça ensaia um lindo voo matinal,
Encantos da natureza é sempre fenomenal
Nos barrancos as camisas viravam bandeiras
Alguém desesperado a chamar pelo regatão...
Barco atracou e o cabôco trouxe seu paneiro
Mantas de pirarucu - alimento pro mês inteiro
A troca era a de sempre, nas linhas do borrador:
Querosene, açúcar, sal, café, pilhas, espoletas,
fósforo, cibalena, tabaco, pólvora e papelinho
E quando lhes permitia, a bolacha e o leite ninho
Dias nas gélidas e escuras águas do Mariepaua
Amapá, Cacaia, Velho Rock lá no Repartimento.
E na baixada, o Yamaha 25 - Quase não aguenta!
Casco carregado com água lavando o verdugue
Balata, borracha, copaíba, castanha, carne de caça
Da chave da conserva nascia uma agulha de admirar
Quantas sacas de farinha para o cabôco costurar
Lindas lembranças - o tempo não consegue apagar
E um velho batelão lotado daquela planta preciosa
Eram galhos e toras do tão perfumado pau-rosa
Quão inspirador seria um dia rever aquele rio...
Que hoje comigo conversa, nas linhas desta poesia!
( Fábio Ribeiro Mar/2016 )
Ah! Hoje fui passear em meus Rios e Cachoeiras
A saudade foi tão forte que eu venci o tempo...
Junho de 1985 - Um garotinho a olhar o firmamento
Risos de esperança e sonhos de uma vida inteira
- É tanta coisa bulindo comigo aqui por dentro -
E pelos labirintos onde se esconde este poema
Vou assim: Num barquinho singrando no estirão
Correnteza, remanso e água vertendo no porão
Comandante Milburges Ribeiro Filho...
Subindo o barrento Madeirão. Quanta canarãna!
E uma garça ensaia um lindo voo matinal,
Encantos da natureza é sempre fenomenal
Nos barrancos as camisas viravam bandeiras
Alguém desesperado a chamar pelo regatão...
Barco atracou e o cabôco trouxe seu paneiro
Mantas de pirarucu - alimento pro mês inteiro
A troca era a de sempre, nas linhas do borrador:
Querosene, açúcar, sal, café, pilhas, espoletas,
fósforo, cibalena, tabaco, pólvora e papelinho
E quando lhes permitia, a bolacha e o leite ninho
Dias nas gélidas e escuras águas do Mariepaua
Amapá, Cacaia, Velho Rock lá no Repartimento.
E na baixada, o Yamaha 25 - Quase não aguenta!
Casco carregado com água lavando o verdugue
Balata, borracha, copaíba, castanha, carne de caça
Da chave da conserva nascia uma agulha de admirar
Quantas sacas de farinha para o cabôco costurar
Lindas lembranças - o tempo não consegue apagar
E um velho batelão lotado daquela planta preciosa
Eram galhos e toras do tão perfumado pau-rosa
Quão inspirador seria um dia rever aquele rio...
Que hoje comigo conversa, nas linhas desta poesia!
( Fábio Ribeiro Mar/2016 )