Solidão-Solitude

Solidão essa, que eu às vezes não suporto,

Que às vezes me faz morta, sem pena.

Que de dor às vezes me corto,

Que me faz ser meu maior problema.

Que faço eu, desta dor que nunca passa?

Desespero-me ao me ver largada, assim.

Essa dor que no peito me arrasta,

Para o mais obscuro de mim.

Que exige que eu me acostume,

Com o mais profundo poço.

Com a mais humilhante e suja confusão,

Que me faz caos e me deixa em estilhaços.

Esta solidão, às vezes solitude,

Me leva ao ver meu pior lado.

Me leva a ver minha culpa,

E faz de mim, meu maior fardo.

Que faço eu do abandono?

Se por mais puro que pareça,

Pu poir pior que possa ser,

Essa rejeição eu não mascaro, não tem adorno.

Graças ao que me salva de mim mesma,

Meu Deus sublime e bondoso;

Fez meu rosto em aço.

Para que eu pudesse chorar minhas lágrimas de fogo.

_Carolina Oliveira.