A PRIMEIRA ESTRELA

Quando criança,

E olhava o céu e via

Uma estrela e ainda era dia

Minha avó sempre dizia

Para não apontar-lhe o dedo

Pois em sua ponta nasceria

Uma verruga. Que medo!!

Não conseguia entender

O porquê da superstição

Como poderia a estrela

Alcançar a minha mão?

E quando vovó percebia

Que havia me assustado

Ensinava-me uma trovinha

Para me ver aliviado:

“Primeira estrela da tarde,

Estrela que eu vi primeiro

Traga para minha vida

Saúde amor e dinheiro”.

Hoje de cabelos brancos

E névoa cobrindo o olhar

Mal posso ver mesmo à noite

Aquela estrela brilhar

Ah! Mas como eu gostaria

De poder perguntar a ela

Por que não me deu ouvido

Não atendeu meu pedido

Feito na flor da idade

E ela responderia,

Que o pedido que eu fazia

Não existia em verdade

Porque aquilo que eu queria

Não passava de utopia

Pois eu simplesmente pedia

A completa felicidade.

Jogon Santos
Enviado por Jogon Santos em 23/04/2017
Reeditado em 17/10/2018
Código do texto: T5979254
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